A indústria da mobilidade abrange todo o setor envolvido de alguma forma na fabricação de veículos, sejam eles automotores ou não, o que significa um amplo espectro de produtos, que além de automóveis, envolve também bicicletas e cadeiras de rodas até aeronaves e embarcações, passando por ônibus, motocicletas, trens e inúmeros outros meios de transporte e lazer.
As informações disponíveis a seguir definem um limite em torno de cinco setores: automotivo, náutico, aeronáutico, veículos de duas rodas e ferroviário.
O setor automotivo é o de maior importância econômica no Brasil e compreende, além dos automóveis de passeio e veículos comerciais leves, caminhões, ônibus e maquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras, retroescavadeiras e cultivadores motorizados.
O setor automotivo é representado pela Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Inclui os fabricantes de autopeças e corresponde a 22% do PIB brasileiro. A produção total de autoveículos (montados e desmontados) em 2008 foi de 3,21 milhões de unidades, resultado 8% superior ao obtido em 2007, quando foram produzidos 2,98 milhões.
São 24 diferentes montadoras abastecidas por mais de quinhentas empresas de autopeças, com capacidade instalada para produzir 3,5 milhões de veículos e 98 mil máquinas agrícolas/ano. É um setor que responde direta ou indiretamente pelo emprego de 1,3 milhões de pessoas.
Em 2008, as exportações em valores das empresas foram da ordem de US$13,9 bilhões. O Brasil tem se destacado no setor automotivo graças ao mercado doméstico efetivo e potencial, ao competente parque produtor – tanto de veículos quanto de sistemas e componentes automotivos isolados –, sólida base de engenharia automotiva e suficiente disponibilidade de trabalhadores qualificados.
O Brasil se destaca também na fabricação de ônibus. É um dos maiores mercados mundiais e tornou-se um dos mais competentes fabricantes de veículos completos do planeta. Boa parte de sua produção hoje é destinada a mais de 80 países de todos os continentes.
A Fabus - Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus é a entidade que congrega os fabricantes de carroçarias para ônibus no Brasil. Informações sobre lançamentos, negócios e histórico do setor de ônibus podem ser encontradas também no informativo mensal da Abrati - Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros e nos blogs e busblog.
A cadeia produtiva da indústria náutica compreende a indústria e o comércio de embarcações de recreio e esportivas. Informações detalhadas do setor e seus fabricantes podem ser encontradas na pesquisa Indústria Náutica Brasileira: fatos e números 2005
O setor naval brasileiro garante ao país um lugar de destaque no mercado internacional. O Brasil é considerado um dos maiores mercados potenciais náuticos do mundo. Atualmente, embarcações e equipamentos são exportados para cerca de 10 países nos cinco continentes, segundo a Acobar - Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos .
O mercado brasileiro conta com um setor formado, em sua grande maioria, por pequenas e médias empresas, que se destaca pelo uso intensivo da mão de obra, devido à sua produção quase artesanal.
A indústria náutica brasileira tem sua origem em pequenos estaleiros, com produção sob encomenda de embarcações de esporte e lazer, veleiros e lanchas. Vários países, especialmente da Europa, têm se interessado pelos produtos “made in Brazil”, que oferecem excelente acabamento, design arrojado, alta tecnologia, elevado padrão de qualidade e preço competitivo. A maior parte da demanda recai sobre as embarcações entre 20’ e 50’.
Nos últimos cinco anos, as exportações brasileiras de barcos à vela atingiram 32 unidades, somando mais de 1,4 milhão de dólares, enquanto foram exportadas mais de 150 embarcações a motor, no valor de mais de 14 milhões de dólares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
O setor aeronáutico é representado pela AIAB - Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil . A indústria aeroespacial brasileira é a maior do hemisfério sul. Opera de forma globalizada competindo no mercado mundial e posicionando-se como líder em vários segmentos de mercado, graças ao domínio tecnológico e à qualidade de seus produtos.
Referências do segmento relacionadas às novidades mundiais do setor podem ser encontradas no portal Flightglobal .
Aspectos do setor com maior ênfase em tecnologia e fornecedores podem ser encontrados no portal Aerospace-technology
Motocicletas e ciclomotores representam hoje uma parcela significativa dos deslocamentos nas grandes cidades, com uma frota nacional estimada de 45 milhões de unidades. O Brasil está entre os dez maiores fabricantes de bicicletas do mundo, com uma produção anual que já chegou a atingir 4,5 milhões de bicicletas, gerando cerca de 13 mil empregos diretos, segundo a Abraciclo - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
O setor ferroviário é representado pelo Simefre - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários e Abifer - Associação Brasileira da Indústria Ferroviária.Inclui locomotivas diesel-elétricas, vagões de carga de todos os tipos, carros de passageiros, carros de metrô e bondes modernizados.
A indústria de material ferroviário é um dos ramos mais antigos da indústria de bens de capital. Seu desenvolvimento vem acompanhando a evolução do sistema de transporte ferroviário brasileiro e apresentava no passado oscilações entre agudos crescimentos de sua capacidade instalada e insuportáveis taxas de ociosidade.
Hoje o cenário do transporte sobre trilhos no Brasil vem passando por grandes transformações, principalmente com a presença da iniciativa privada na exploração dos serviços de transportes de carga
fonte; http://www.designbrasil.org.br/
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