Este norte-americano de fala mansa e riso fácil certamente não será reconhecido se decidir sair às ruas brasileiras. Mas, na 3ª Convenção Nacional de Colecionadores Hot Wheels, Phil Riehlman é uma celebridade.
Em sua primeira visita ao Brasil, o designer da Mattel concedeu uma entrevista à QUATRO RODAS antes de partir para Porto Alegre (RS), onde participará do evento que vai reunir colecionadores de todas as partes do país. Riehlman falou sobre as ideias que surgem na criação de novos carrinhos, comentou sobre os carros “de verdade” e revelou suas expectativas para a convenção brasileira.
Como você começou na Mattel?
Meu primeiro trabalho foi no departamento de bonecos de ação para meninos. Fiquei lá por seis meses antes de começar na Hot Wheels.
Quais são suas inspirações para desenhar novos carrinhos?
Nossa inspiração para os novos carrinhos vem da indústria automotiva. Observamos as revistas, a Internet e até o trânsito do dia-a-dia. Procuramos por coisas que estão acontecendo em todo o mundo e ficamos atentos a tudo que acontece no mundo dos carros de verdade.
Como funciona o processo de criação de uma nova miniatura?
Nós trabalhamos como uma equipe e desenvolvemos nossas linhas de produtos tentando satisfazer nossos clientes. Depois de pensarmos em algumas sugestões, colocamos todas as ideias em uma lousa para analisá-las.
Você gosta de algum tipo de carro em especial?
Sou fã dos muscle-cars, mas não tenho um carro favorito, gosto de todos os tipos de veículos. Gosto bastante dos carros originais, mas é sempre bom participar de um projeto inédito, algo que nunca fiz antes, como o Dairy Delivery (um furgão). É sempre bom sair um pouco da rotina.
Você já trabalhou com carros de verdade?
Nunca. Na verdade, esse era o plano original (trabalhar com carros), mas acabou não dando muito certo (risos). Foi aí que acabei parando na área de brinquedos, mas, olhando para trás, me sinto feliz por tudo ter acontecido desta maneira.
Quais são as diferenças de trabalhar com carros e com carrinhos?
Você pode fazer muito mais projetos trabalhando com brinquedos do que com carro. É um processo muito mais rápido do que desenhar um carro de verdade, que acaba levando, em média, cinco anos. Além disso, é muito mais fácil desenhar um carrinho. Não é algo tão complexo quanto um carro e é mais divertido de fazer. Afinal de contas, é um brinquedo, não um veículo de verdade.
O que você sabe sobre o Brasil?
Para ser sincero, não sei muita coisa. Estamos analisando o mercado brasileiro com muito carinho. Nós vendemos muitos carrinhos aqui e queremos continuar satisfazendo os clientes daqui. Fiz algumas pesquisas sobre o Brasil quando comandei o projeto do Ford Maverick e um dos motivos que escolhemos este carro foi o fato ser conhecido em vários mercados, como os Estados Unidos e o Brasil.
Existe algum modelo brasileiro que vocês gostariam de fabricar?
Conheço bem o Opala. Trata-se de um modelo que gostaríamos de produzir em breve.
referência
http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/entrevista-phil-riehlman-587677.shtml
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