segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

vale a pena abastecer com gasolina aditivada !?




A gasolina aditivada pode ser uma boa para quem pensa em preservar as características originais do motor pelo maior tempo possível, de acordo com a explicação de Renato Romio, gerente do Laboratório de Motores do Instituto Mauá de Tecnologia. “O preço, em geral, não é muito maior que o da gasolina comum e os benefícios para o motor a longo prazo são muito maiores. Dá para notar isso quando se abre um motor que sempre foi abastecido com o combustível aditivado e outro que recebeu apenas o comum.”
Por manter limpas as peças que entram em contato direto com o combustível, o aditivo acaba sendo benéfico também para o meio ambiente, pois mantém os níveis de emissões de poluentes nos patamares de fábrica por mais tempo. “Há também os benefícios difíceis de quantificar, como a manutenção dos níveis de consumo de combustível depois de certa quilometragem e a preservação da durabilidade do catalisador”, comenta o gerente.
Mas esses benefícios são observados a longo prazo. “Na ponta do lápis pode não valer a pena porque o custo desse combustível, ao longo do tempo, é superior ao que se gastaria com a manutenção de um motor que só roda com gasolina comum, que não recebeu os benefícios do aditivo”, comenta Romio.

Ivan Carneiro
Rubens Venosa, proprietário da oficina Motor Max e consultor de Auto Esporte, concorda com o raciocínio. A cada 20 mil quilômetros, em média, um veículo popular acumula tantos resíduos do alto teor de enxofre que ainda temos na gasolina brasileira que chega a hora de fazer a limpeza do sistema. E esse custo, por volta dos R$ 150, geralmente é inferior ao que se pagou a mais pela gasolina aditivada ao longo da mesma quilometragem.”
Ainda sobre limpeza, o especialista lembra que o corpo de borboleta do sistema de injeção também acumula impurezas com o passar do tempo, seja lá qual for o tipo de combustível utilizado. “Nos veículos que rodam com gasolina comum, a limpeza da peça é feita junto com a dos bicos. Os motores que funcionam apenas com gasolina aditivada se mantêm com os bicos limpos, mas o corpo de borboleta precisará ser descontaminado a cada 30 mil quilômetros, aproximadamente”, explica.
De qualquer forma, Venosa acredita que o uso do combustível com aditivo é benéfico, recomendando, pelo menos, um tanque de gasolina aditivada a cada cinco abastecimentos. Mas é bom estar atento a outra questão. Quem passa muitos quilômetros rodando com a comum e começa a usar a aditivada pode ter problemas. Segundo o consultor, os resíduos acumulados podem se desprender em grandes quantidades, a ponto de entupir de vez os bicos injetores. Nesses casos, melhor continuar com o combustível comum, ou providenciar uma boa limpeza em todo o sistema para então trocar de gasolina.

referencia
http://revistaautoesporte.globo.com/Revista

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