sábado, 30 de outubro de 2010

Brasil - quarto maior mercado mundial

        O desempenho das vendas do setor automobilístico brasileiro, em setembro, pode não ter sido o que todos desejavam, mas também, não foi tão mal. Dados preliminares apontam para queda de vendas inferior a 2% em relação ao mês anterior. Com licenciamento próximo a 296 mil unidades em setembro, contra pouco mais de 291 mil de agosto, as vendas do mês, apesar das promoções e do bom momento econômico, perdeu o fôlego e não manteve o histórico de crescimento que vem ocorrendo desde o início deste ano.
Já no acumulado de janeiro a setembro, as vendas no varejo devem superar os 2, 368 milhões de unidades, significando alta superior a 7,0% em relação à igual período do ano anterior. Vamos esperar o fechamento da Anfavea – Associação Nacional Dos Fabricantes De Veículos Automotores, para saber quem ganhou e perdeu mercado. Já os números da Abeiva – Associação Brasileira Das Empresas Importadoras De Veículos Automotores, revelarão se a tendência de crescimento do mercado de importados, especialmente pelo reforço de marcas chinesas e coreanas, se confirmou em setembro.
      Uma pena que não há, sequer, uma única marca nacional
A boa notícia da semana foi o Brasil ter se tornado o quarto maior mercado mundial, já que no acumulado das vendas de janeiro a Setembro de 2010, superou a Alemanha, que ocupava a quarta posição atrás de China, Estados Unidos e Japão. A nação verde e amarela conquistou tão importante posição muito mais pela acentuada queda das vendas do mercado alemão (27,5%) do que pelo seu crescimento de mercado, que ficou em torno de 8,0% no mesmo período. O Brasil, com a chegada de novos fabricantes e esperada consolidação econômica, deve no futuro próximo, consolidar essa posição, já que dificilmente o mercado europeu crescerá tanto quanto o Brasil e outros países emergentes.
       É uma pena que não podemos comemorar tal conquista com uma marca nacional. Não estaria passando da hora do Brasil criar a sua própria marca? Afinal de contas, China, Índia e Rússia possuem as suas. Porque então, só o Brasil não pode ter? O atual presidente Lula, que é oriundo do chão de fábrica, bem que poderia ter se empenhado mais para que tivéssemos  uma Embraer dos automóveis. Mas, não podemos deixar de insistir, pois "enquanto há vida, há esperança".           Vamos torcer para que o próximo presidente seja mais comprometido com esse assunto.
Existem, no entanto, alguns fatores que podem impedir que o Brasil mantenha a quarta posição. Um deles é o crescimento de outros mercados, como o indiano, e o outro ponto é a rápida evolução dos carros elétricos. Naturalmente, as regiões que mais estão investindo neste projeto (América do Norte, Europa e Ásia) colherão os frutos primeiro. Neste contexto, é necessário que o nosso país deixe a zona de conforto e faça algo de concreto para que possamos evoluir também neste setor para não "ficarmos a ver navios".

(Artigonal SC #3557562)

2 comentários:

  1. Brasil já uma potencia no setor automotivo, só falta investimentos para montadoras nacionais,,

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  2. verdade, outros paises investem bastante, pois sabem dos retornos.

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